Crítica.
The National - Boxer.
por Marlon Marques.
Ando muito desanimado com o rock ultimamente. Não veja nada que me anime, nada que me surpreenda, que me faça novamente acreditar em dias melhores. Já estou inclusive cansado de repetir as mesmas coisas, que o rock hoje vive de copiar, de reviver outras épocas e ninguém cria nada de qualidade. Tanto é verdade, que um dos últimos grandes discos que eu ouvi é de 2007, trata-se do ótimo “Boxer” da banda The National. Um disco bastante coeso – é claro que coesão já virou um clichê na crítica, mas nesse caso realmente encaixa-se perfeitamente. É tudo na medida certa, harmoniosamente as batidas se alinham com os acordes, com os efeitos, e todo o resto. Já disse em outros artigos, que um dos elementos que fazem um bom disco é sua capacidade de não ser chato. E inclusive vi uma opinião parecida recentemente. Uma pessoa ao comentar um artigo do Andreas Kisser no Yahoo sobre o que é boa música, disse que entre outras coisas, a boa música é aquela que você repete e ouve de novo. Sem se aprofundar nisso eu concordo em partes, e esse disco do The National dá essa vontade de ouvir de novo. Musicalmente chamam a banda de “indie rock” – mas como todo mundo usa o rótulo e ninguém sabe ao certo explicar o que é, eu prefiro não tentar classificá-los. O que posso dizer a esse respeito é que, imageticamente, o The National é um cruzamento entre os ares retrô de Franz Ferdinand e The Coral – ares retrô inclusive corroborados pela bela capa do disco, onde se vê um baile antigo, com banda e crooner, registrado numa emblemática foto preto e branco – com cores de um Belle & Sebastian dos primeiros discos e uma aura um tanto soturna que lembra Nick Cave e Tindersticks – isso sem contar uma das influências confessas da banda – Joy Division. Inclusive o timbre de voz de Matt Berninger lembra muito o de Ian Curtis em certos momentos, assim como o de Cave
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The National - Boxer. (Beggars Banquet, 2007).
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