Artigo.
Casamento gay, nada contra: melhor o amor do que o ódio.
por Marlon Marques.
Dia desses um aluno meu me perguntou o que eu achava sobre o casamento homossexual. Na hora eu disse qualquer coisa a ele, nada muito elaborado. Não que eu tenha um pensamento muito elaborado sobre o tema, mas tenho uma posição a respeito. Hoje é fato que o amor é uma coisa banalizada. O casal se conhece hoje e amanhã já dizem “eu te amo” assim de forma descartável. O que pensam que é o amor essas pessoas, uma mera troca de fluidos orgânicos. O amor é uma coisa grandiosa que é muito difícil de conceituar. Portanto não tentemos fazê-lo aqui. Eu entendo por homossexualidade o amor entre pessoas do mesmo sexo, amor, não paixão, atração, fetiche ou qualquer outro sentimento menor do que o amor. Sobre isso disse Fernando Pessoa: “o amor é que é essencial, o sexo é só um acidente, pode ser igual ou diferente”, igual (hetero), diferente (homo), não necessariamente errado. O diferente não é errado necessariamente, isso precisa ficar claro. Eu como heterossexual não acho que o homossexualismo seja uma degeneração, o que eu não gosto são dos trejeitos, do exibicionismo, das frescuras que muitos que se dizem gays costumam ter. Conheço homens e mulheres que são homossexuais porém são discretos, moram e amam pessoas do seu mesmo sexo e não saem por aí mostrando isso para todos. Acredito que isso é para si, e para os outros é apenas um mero detalhe. Não é uma questão de ter vergonha do que se é, até porque essas pessoas que conheço não se sentem envergonhadas ou constrangidas em revelar a qualquer um que pergunte a sua opção sexual. Portanto não sou contra o casamento entre homossexuais pelo simples fato de que o amor é importante. O amor verdadeiro, não apenas o amor carnal, mas o amor mais amplo que só se é atingido com um nível alto de entrega de um pelo outro. Isso é bonito, tanto para o mesmo sexo quanto para sexos diferentes. O que na verdade devemos condenar é a violência, a intolerância, a guerra, e qualquer tipo de discriminação. Essa supremacia do amor (verdadeiro) – já que o falso amor é esse banalizado – essa elegia, talvez esteja no cerne do que Renato Russo quis passar
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