sábado, 24 de abril de 2010


Artigo.

Casamento gay, nada contra: melhor o amor do que o ódio.



por Marlon Marques.























Dia desses um aluno meu me perguntou o que eu achava sobre o casamento homossexual. Na hora eu disse qualquer coisa a ele, nada muito elaborado. Não que eu tenha um pensamento muito elaborado sobre o tema, mas tenho uma posição a respeito. Hoje é fato que o amor é uma coisa banalizada. O casal se conhece hoje e amanhã já dizem “eu te amo” assim de forma descartável. O que pensam que é o amor essas pessoas, uma mera troca de fluidos orgânicos. O amor é uma coisa grandiosa que é muito difícil de conceituar. Portanto não tentemos fazê-lo aqui. Eu entendo por homossexualidade o amor entre pessoas do mesmo sexo, amor, não paixão, atração, fetiche ou qualquer outro sentimento menor do que o amor. Sobre isso disse Fernando Pessoa: “o amor é que é essencial, o sexo é só um acidente, pode ser igual ou diferente”, igual (hetero), diferente (homo), não necessariamente errado. O diferente não é errado necessariamente, isso precisa ficar claro. Eu como heterossexual não acho que o homossexualismo seja uma degeneração, o que eu não gosto são dos trejeitos, do exibicionismo, das frescuras que muitos que se dizem gays costumam ter. Conheço homens e mulheres que são homossexuais porém são discretos, moram e amam pessoas do seu mesmo sexo e não saem por aí mostrando isso para todos. Acredito que isso é para si, e para os outros é apenas um mero detalhe. Não é uma questão de ter vergonha do que se é, até porque essas pessoas que conheço não se sentem envergonhadas ou constrangidas em revelar a qualquer um que pergunte a sua opção sexual. Portanto não sou contra o casamento entre homossexuais pelo simples fato de que o amor é importante. O amor verdadeiro, não apenas o amor carnal, mas o amor mais amplo que só se é atingido com um nível alto de entrega de um pelo outro. Isso é bonito, tanto para o mesmo sexo quanto para sexos diferentes. O que na verdade devemos condenar é a violência, a intolerância, a guerra, e qualquer tipo de discriminação. Essa supremacia do amor (verdadeiro) – já que o falso amor é esse banalizado – essa elegia, talvez esteja no cerne do que Renato Russo quis passar em Monte Castelo. Paulo ao final de suas sentenças no capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios, sempre diz que: “sem amor nada seria”. Esse amor (ágape) caridoso de Paulo, pode ser também o amor de Deus, como pode ser o amor mais amplo que uma pessoa pode sentir por outra, do qual eros pode fazer parte. Como vimos, o amor é importante, portanto ame sua parceira, seu parceiro, sua mãe, seu irmão, seu amigo, apenas ame. O amor é a melhor alternativa ao ódio que tudo destrói, um sentimento negativo que torna as coisas ruins e esse mundo um lugar praticamente inabitável. Então qual o problema de duas pessoas do mesmo sexo perpetuarem via casamento seu amor, desde que verdadeiro. No mundo da música há diversas personalidades homossexuais e nem por isso deixamos de gostar delas. Uns mais espalhafatosos como Boy Geoge e outros mais discretos como Michael Stipe do R.E.M., provam que são pessoas normais, e que isso não é um fator nem qualificador e muito menos desqualificador de nada. O freedomtomarry.org é uma organização norte-americana que luta pelo direito ao casamento entre homossexuais. Em 2004, Alan Cumming com o objetivo de angariar fundos para essa instituição realizou um festival que contou com artistas do porte de Lou Reed, Bob Mould, Moby, Le Tigre e Sleater-Kinney, só para citar os mais conhecidos, do qual gerou o cd: “Wed-Rock: A Benefit for Freedom to Mary” – para quem se interessar tente baixar o disco, caso o encontrem. Música boa para ser ouvida com pelo menos um pequeno respeito, só para lembrar de uma ótima canção gay dos anos oitenta do grupo Erasure, Little Respect.


















































































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