quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Lady Gaga - The Fame.

Crítica.

Lady Gaga - The Fame.


por Ladislau Smack & Marlon Marques.



















































Minha opinião sempre foi a mesma, Lady Gaga não passa de uma cópia performática de Madonna. Nada mais. Eu até poderia encerrar essa resenha por aqui, mas não vou. O disco é todo igual – pra não ser simplista demais – até que tem algumas variações. Variações da mesma coisa. Só um fã muito ardoroso de Gaga não dirá que seu “maiôzinho” envolto á pernas magras e brancas não é igualzinho ao da Madonna. O som é menos inventivo do que o da rainha do pop, é mais próximo do “vazioísmo” de Britney Spears. Lady Gaga faz sucesso justamente por isso, misturar performance e pop das paradas. O povo quer isso. O pão é o pop, e o circo a performance. O visual hoje em dia é muito importante, vide Kate Perry, Lily Allen, CSS, com suas calças amarelas, cabelos malucos e coloridos, brilhos, rosas shock e faixas no rosto [que negócio ridículo]. Mas não dá pra negar que o disco funcione nas pistas de dança, tanto quanto Madonna e Britney. É dançante, mas não é um fenômeno. É [para o estilo] bem produzido, mas não é um disco genial e nem faz de Lady Gaga uma grande artista. O mundo está fascinado por ela, todos a querem, das rádios brasileiras á MTV, da capa da Rolling Stone aos muitos blogs e sites internet a fora. As bases principais identificáveis, são o electropop e flertes com a dance e a eletrônica. Há muito remix, como é de praxe nesse tipo de música. É enjoativo, como esse tipo de música também, e é vazio como esse tipo de música. A voz dela, não tem nada de mais, nenhum agudo, nenhum falsete, mas espera aí, precisa? Claro que não, é necessário apenas que você não seja mudo. A tecnologia faz todo o resto. Há toda uma gama de programas de edição e pro-tools da vida que ajudam reles mortais como nós a gravar um disco. A democracia digital permite que fenômenos como Lady Gaga se tornem fenômenos. Pois o que seria desses artistas “pré-fabricados” sem a publicidade via twitter, facebook, my space e congêneres? Quando à “The Fame”, nada demais a declarar. “Love Game” e “Poker Face” é Britney Spears. “Beautiful Dirty Rich” é Pink. Ou seja, nada que você nunca tenha ouvido antes em qualquer rádio, mero "déjá vu". A faixa título “The Fame” é Madonna. Claro que uma Madonna bem menos inspirada, uma Madonna já bem decadente. As batidas são firmes e os sons típicos de baladas noturnas e clubes chiques, onde playboys e patricinhas suam a camisa de tanto dançar e emular libertinagem, para depois voltarem a suas vidas provincianas e “normais”. “Money Honey” é uma mistura de “black americano” com dance, uma coisa horrível. “Boys Boys Boys” tem sintetizador de Pet Shop Boys, mas é ridiculamente chata com seus coros e sua explicita vulgaridade. O refrão é descartável como todo o disco, é tão falso como a aparência débil de Lady Gaga. A única que foge um pouco do formato comercial do disco é “Summerboy”, ensaia até uma sofisticação. Mas é só. O grande hit do disco é a fútil “Paparazzi”. Música que retrata a vida de um fotógrafo de celebridades. Gaga retrata seu próprio mundo. E canções são quase sempre [ou sempre] reflexivas. E Gaga parece-me gostar desse jogo de “fama”, glamour e descartabilidade. Ela é a própria personagem da canção, megalomaníaca e obcecada pelos holofotes, mas não se preocupe “ladys [ladies] and gentleman”, ela já conseguiu.






















































Lady Gaga - The Fame [Interscope Records, 2008].

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