quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Artigo.

Sorte de campeão.


por Marlon Marques.











































Me cansei dessa história de “o campeão voltou”, de jason, etc. Porém hoje me convenci de que o São Paulo pode mesmo ser novamente o campeão do país. Digo isso não pela liderança provisória, mas pelas circunstâncias. O São Paulo é um time mais pragmático do que ótimo. Não está jogando absolutamente nada. Ganhou do Santos (e quem não ganha) jogando um futebol ridículo, fora outros jogos que não me recordo. Como já escrevi em outro artigo, a história se repete tal como profetizou Karl Marx, primeiro como tragédia e depois como farsa. Nesse caso, é só lembrar-mos do ano passado. O Grêmio com uma enorme vantagem (administrada por todo campeonato) deixou o São Paulo chegar, passar e ser campeão. Muito mais por incompetência do tricolor gaúcho do que excelência do tricolor paulista. Pois, não adiantaria o São Paulo ganhar seus jogos caso o Grêmio também tivesse vencido os seus, o mesmo se aplica ao Palmeiras nesse campeonato. E é aí que a história parece se repetir. O São Paulo cresce na hora certa, e o Palmeiras cai na hora errada. Mas o que quero abordar aqui é que tal como Maquiavel em “O Príncipe”, é necessário unir virtú e fortuna. Porém no futebol, basta ter apenas fortuna (entendendo fortuna por sorte) para ter êxito. O jogo de ontem (28.10.2009), entre São Paulo e Internacional, acabado 1 á 0 para o São Paulo, comprova isso. Só deu Internacional. Bola na trave, chuveirinho na área tricolor, chutes, escanteios diversos, jogadas no fundo e mais, milagres do goleiro Bosco. Repito, só deu Internacional quase o jogo todo, e digo isso porque, aos 47 do primeiro tempo o São Paulo fez o gol e só. É claro que é força de expressão dizer que só o Inter jogou, o São Paulo teve alguns lances de perigo, mas considerando a importância do jogo, foi muito pouco. Porém a vitória encobre a análise mais apurada, e os jornais iram estampar elogios e mais elogios ao “campeão voltou”. Só que a leitura mais correta do jogo diz que um time jogou e o outro ganhou, como é de praxe no futebol atual. O bom futebol acabou em 1982 no Sarriá, de lá pra cá, o que prevalece é o pragmatismo que dá resultado (vide 94 e 2002). Quando alguém tenta um lance de beleza ou alguma firula, logo recebe um turbilhão de críticas (lembre-se de Kerlon ex-Cruzeiro e seu famigerado drible da foca). O São Paulo literalmente achou o gol. Foi pressionado o jogo todo, nem parecendo que estava jogando em seus domínios diante de 34 mil torcedores. Isso só prova que em clássico o fator campo é mero detalhe, ou o São Paulo nunca ganhou do Inter no Beira Rio e vice-versa? O Inter correu, correu e morreu. Tentou em vão buscar o gol que o deixaria menos distante do Palmeiras (o time a ser batido), mas Bosco em noite inspirada não deixou. Justiça seja feita também á Miranda e Jorge Vagner, que partida fizeram. Jogaram com raça e se desdobraram em campo, já o craque Hernanes. Esse nem viu a cor da bola, mas craques não o deixam de ser por causa de um ou outro jogo. Do lado colorado, D´Alessandro jogou muito, junto com Sandro. O time vermelho foi bastante orgânico, todos se esforçaram muito e jogaram com muita garra, sua torcida não tem do que se queixar. Porém o que ocorreu nessa noite no Morumbi, é o que chamo de “masdeísmo do imponderável”. A religião masdeísta concebe o mundo como sendo regido pelo embate entre duas forças antagônicas, o bem (Aúra-Masda) e o mal (Arimã). Nessa caso, refiro-me entre “sorte” e “azar”. Porque uma coisa é um time ter sorte e pronto. Outra coisa é um time ter sorte e o outro ter azar. E nesse São Paulo X Internacional, não apenas a sorte estava do lado tricolor, o azar estava com o time colorado. Washington mais uma vez se mostrou decisivo, e assim como nas quartas-de-final da Libertadores de 2008 contra o próprio São Paulo atuando pelo Fluminense, o camisa nove fez o gol da classificação, no apagar das luzes, um gol sobrenatural, o seu gol contra o Inter também foi um achado. Se do lado colorado havia Alan Kardec, Washington é quem recebeu do além o "passe" para o gol salvador do tricolor. Se reparar bem na jogada, Hernanes cobra o escanteio, toda zaga do Internacional falha, e algo de estranho faz com a bola saia do alcance de Fabiano Eller e encontre o camisa nove tricolor. Depois disso, sorte e azar desfilaram em campo para no final premiar a injustiça. São Paulo 1 X 0 Inter. Essa vitória pressiona demais o Palmeiras, que se vê obrigado a ganhar de qualquer maneira do Goiás para continuar líder do certame. O futebol não é dos melhores, não enche os olhos de ninguém – só dos fanáticos sem razão, porém como já disse antes, no futebol de hoje (desde 82), o melhor não vence (como se diz do campeonato de pontos corridos), e nem a justiça se faz com clava forte e venda nos olhos, ganha aquele que tiver a sorte mais ao seu lado (fortuna), e se for julgar por hoje, o São Paulo parece-me o time com mais fortuna. Isso quer dizer alguma coisa, não sei.







































































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Um comentário:

  1. Anônimo2:08 AM

    O problema não é o Jason e sua volta monstrosa...
    O problama são os juizes e suas decisões pavorosas.
    O SPFC bem como outros clubese ate clubes de menor espressão do futebol, tem sido beneficiados pelos seus apitos.São eles que vão decidir o campeão, o clube que vai pra libetadors, o que vai pra sulamericana e obivio os que vão pra segunda divisão.
    Bem o São Paulo, tambem sofre com os juizes , sim sofre, porem, o SPFC, simplesmente diz:
    Esse Juis não aapita mais os nossos jogos.
    Blz, como se fosse o dono da CBF, se ficarem so juizes que apitam a favor desse clube ele se torna imbativel.
    O problema não é só a reclamação ontra os juizes, o problema é quando o juiz era a favor ninguem diz anula o gol, ou, não foi penalti, ou, ele deveria ter sido espulso.
    E isso não é demerito só do SPFC é de todos os clubes do brasil, porem o SPFC, tem essa força (QUE SABE DEUS QUEM FOI QUE DEU A ELES) de escolherem se determinado juiz pode ou não apitar seus jogo.

    Postado por Anderson Monçores

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